SINOPSE
Naquele que é justamente considerado o primeiro romance policial português, conta-se a história de um médico que regressa de Sintra acompanhado por um amigo. A meio do caminho, ambos são raptados por um grupo de mascarados, que os levam para um prédio isolado onde aparecera um homem morto. A partir daí, os acontecimentos sucedem-se em catadupa. Quem é o morto e quem o matou? E porquê? Quem era a mulher com quem ele se encontrava, e quem são os mascarados que pretendem proteger a sua honra? A história foi publicada no Diário de Notícias entre Julho e Setembro de 1870 sob a forma de cartas anónimas, e foram muitos os que se assustaram com os acontecimentos narrados. Só no final é que Eça de Queirós e Ramalho Ortigão admitiram tratar-se de uma brincadeira e que eram eles os autores das cartas.
O Mistério da Estrada de Sintra foi publicado em forma de livro nesse mesmo ano. Em 1885, houve uma segunda edição revista por Eça de Queirós, que é a utilizada na presente edição.
Maio de 2020 foi o tempo de reler Eça de Queirós. Há muito tempo que não pegava num livre deste autor e escolhi aquele que já há algum tempo despertava a minha curiosidade. Confesso que gostei muito.
O livro retrata a história de um crime, muito bem desenvolvida através das missivas anónimas que são enviadas ao jornal Diário da Noticias, por volta de 1870. Estas vão sendo publicadas e com elas as respostas às questões que envolvem o já citado crime. com estas publicações a história vai-se desenvolvendo e cativando os leitores.
A história começa com o rapto de um médico e um escritor, que regressavam a Lisboa, já de noite, pela antiga Estrada de Sintra (hoje corresponde à estrada de Benfica que antigamente ligava a vila à capital). Quatro homens encapuçados, levam- nos para uma casa isolada onde se encontra um cadáver de um oficial britânico, com o objetivo de que confirmassem a sua morte.
Eça de Queirós e Ramalho Ortigão embarcaram na aventura deste livro, movidos por uma vontade de abanar Lisboa com uma historia rocambolesca que retrate a sociedade da época, as intrigas e mexericos da aristocracia que vivia em Lisboa e se passeava por Cintra.
Muito bem escrita e com algum sentido de humor que Eça tão bem consegue transmitir, foi um ponto de partida para descobrir muito mais sobre este autor, que andava fugido da minha estante.
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