sábado, 21 de setembro de 2013

A Era Dourada de Pedro Cipriano








Sinopse


Uma guerra mundial pelos recursos energéticos mudou a face do planeta, levando a espécie humana perto da extinção. Cinco séculos, depois, a revolução industrial acontece pela segunda vez, fazendo ressurgir os mesmos desafios. Inclui os contos: - A Alvorada - A Escuridão - A Alergia - O Monstro e a Musa - O Fruto Proibido 







Mais uma vez me aventurei numa leitura conjunta. Falo em aventura, não pelos livros escolhidos, mas sim pelos prazos estabelecidos, perfeitamente correctos , mas que esbarram sempre em alguma dificuldade minha.

No entanto é sempre agradável poder ir discutindo o livro que se lê, com outros colegas de leitura, trocar opiniões. O ser humano é uma entidade tão complexa  e tão própria, que as opiniões divergem e nunca são iguais. A minha interpretação é tão somente minha como a de outro é dele e por vezes do cruzamento destas opiniões pode surgir algo valioso para um outro que lê, como para quem escreve.

Estou a divagar…. e afinal só queria comentar o livro do Pedro Cipriano!
Vamos lá …

Esta compilação dos Contos da Era Dourada apresenta-nos cinco contos: A Alvorada, A Escuridão, A Alergia, O Monstro e a Musa e O Fruto Proibido, conforme já referido na sinopse.

Todos eles focam a vida num planeta (infelizmente o nosso) num período apocalíptico do durante e o após de uma 3ª guerra mundial. A energia nuclear é uma constante e de facto a grande causadora do grande flagelo mundial.

De uma forma geral, pode-se verificar que em todos os contos, o autor preocupou-se em demonstrar as várias reacções do homem face ás adversidades de uma guerra nuclear e  perante o desespero de ver o seu mundo desaparecer diante dos seus olhos. Como referi no inicio deste comentário o ser humano é bastante complexo e único, pelo que as reacções são diferentes, chegando mesmo a levar a que cada um repense os seus valores face a um flagelo desta natureza.

Parece-me a mim, pelo menos assim o entendi, que este é o ponto fulcral de todos os contos, a par de todas as questões ligadas ao desenvolvimento sustentável ,  bem como a utilização de energias alternativas face ao esgotamento a que estão sujeitos os nossos recursos naturais.

Um tema bastante actual e que se não nos preocupa, deveria fazê-lo de forma a que repensemos alguns dos nossos hábitos e “filosofias” de vida.

Acontece porém, que o que senti ao ler os vários contos, foi que me soube a pouco. Num tema desta natureza, parece-me que haveria bastante para explorar e os vários contos acabam por ser repetitivos. Abordam as reacções humanas, mas de uma forma derrotista, não é que queira que os contos terminem todos bem, mas cheguei ao fim com a sensação de : Se um dia isto acontecer, e se houver um conjunto de sobreviventes, será que tudo terminará novamente por, desculpem-me a expressão,  “andarem todos á batatada uns aos outros” ou por perderem por completo a esperança.

Gostei da forma simples da escrita, simples e agradável. Apenas alguns erros que se vê serem lapsos de revisão.

Em tempos li um outro conto do Pedro Cipriano que me agradou muitíssimo. Talvez tenha colocada a expectativa  alta, e por isso ter esperado mais destes contos.


Para quem quiser ler e aconselho sempre a que o façam, pois a minha opinião é apenas a minha, podem fazê-lo através do seguinte endereço:


8 comentários:

  1. Olá amiga Caminhante,

    Gostei das tuas divagações e são muito assertivas, cada um tem a sua maneira de ver as coisas e nada como se saber respeitar.

    Gostei do teu comentário, não achei os contos repetitivos, pois eram isso mesmo contos e penso que o conto O Monstro e a Musa está muito bem desenvolvido.

    Agora são contos e é mesmo por isso que depois ficam-me a saber a pouco, em especial quando gosto.

    Fico contente que gostes de participar nestas leituras conjuntas, penso ser sempre algo agradável :)

    Bjs

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    1. Olá Fiacha
      Nem sempre os contos sabem a pouco, no que respeita ao tamanho, sabes que eu sou fã de contos ao contrário de ti.
      O saber a pouco que me refiro era que esperava algo mais profundo.
      Mas penso que valeu a pena a leitura conjunta. No entanto o facto de ser partida em duas partes, pode ocasionar uma maior discussão entre nós, os participantes.
      Bjs

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  2. Olá,

    Sim percebo o teu ponto de vista, até porque leste um conto do escritor que te tinha cativado muito mais :)

    bjs

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    1. Temos de ler outro livro de contos em leitura conjunta :P
      eh eh que tal o desafio?
      Bjs

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  3. Ois,

    Olha boa ideia, nada como sugerirem eu alinho se poder :D

    Se tiveres alguma ideia patilha no cantinho ;)

    Bjs

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    1. desafio aceite
      vou pensar em livros de contos e depois sugiro :)
      bjs

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  4. Ora assim é que eu gosto, malta com iniciativa.

    Não sei se algum conto do Afonso Cruz se for grandinho *assobio* lê-se numa semana :)

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