"A palavra dos homens teve muito crédito, em tempos idos. Mas quando a soberba e a sede de poder e glória moldam o comportamento humano, a mentira torna-se um instrumento para pentear as suas próprias fraquezas."
Espada Que Sangra é o primeiro volume de Histórias Vermelhas de Zallar, um delicioso cocktail de fantasia, intriga, mistério, suspense, erotismo, aventura e ação, passado num mundo fantástico de civilizações que nos apaixonam a cada página. Zallar é um mundo complexo, onde três continentes lutam arduamente pela sua sobrevivência. No Velho Continente existe uma terra almejada há milénios, desde os tempos em que os medonhos Homens Demónio dominavam a região: Terra Parda, onde as cidades-estado são chamadas de espadas e um minério conhecido por tormento negro tornou possível a existência de armas de fogo. Hoje, são os descendentes dos extintos Homens Demónio quem ameaça as fronteiras desta terra próspera em vegetação, savanas e desertos - os malévolos mahlan. A Guerra Mahlan está prestes a atingir o seu ápice, e agora, tudo pode acontecer. Mas Lazard Ezzila e Ameril Hymadher, reis das principais fortalezas de Terra Parda que viveram um intenso romance na sua juventude, vão perceber de uma forma perturbadoramente selvagem que os seus maiores inimigos podem viver consigo ou partilharem dos seus próprios lençóis
Opinião
Dono de um vocabulário invejável Nuno Ferreira, presenteou o mercado português, no ano passado, com a sua primeira obra “Espada que sangra”, um livro que nos transporta para um mundo ficcional onde nasce a primeira semente das Histórias Vermelhas de Zallar.
Numa primeira parte, é-nos relatada a sua história. A criação destas terras quentes, os seus povos, os deuses e demónios que lutaram pelos seus territórios, os sobreviventes e os seus descendentes. Pouco depois, pela mão dos personagens vamos entrando em Zallar, na Terra Parda e nas cortes de Lazard Ezzila e Ameril Hymadher.
Um mundo de intrigas e guerras onde o poder é o principal soberano.
Ao lermos o seu livro, vemos que o autor bebeu de muitas fontes, pois existem alguns traços que poderíamos identificar com outros autores. No entanto, estes desvanecem-se rapidamente levando-nos de volta ao mundo muito próprio e único de Zallar.
A leitura é muito agradável. A escrita se por um lado é simples e concisa, por outro é riquíssima em vocabulário, criando o suspense e o entusiasmo em cada virar de página.
Um conjunto de sentidos que explodem nas descrições, as personagens e os ambientes são descritos minuciosamente, desde o tom da cor da pele, à textura das roupas, ao gume afiado da espada e mesmo ao frio do mármore que reveste as paredes.
Aqui surge uma das críticas que coloco ao autor, uma crítica muito pessoal que funciona apenas para o meu gosto em termos literários. Eu gosto de deixar a minha mente voar um pouco sobre as páginas que leio e neste caso, com a minúcia das descrições, há muito pouco que fica disponível à nossa imaginação.
É pena que não tenha sido feita uma revisão mais cuidadosa em termos do texto. Existem algumas “gralhas” linguísticas que poderão afastar alguns leitores, pois por vezes podem quebrar o ritmo de leitura para aqueles que sejam mais observadores e mais rigorosos. Mas penso que esta questão poderá ser ultrapassada com o próximo volume.
É com muita curiosidade que fico a aguardar a saída do próximo volume das Histórias Vermelhas de Zallar que segundo o site oficial do autor se chamará “Garras Gélidas”.
No seu site, Nuno Ferreira fala-nos de todo o mundo que criou, alargando o nosso horizonte e despertando-nos a curiosidade cada vez mais. Pode ser consultado aqui
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 676
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895117369
Coleção: Mundo Fantástico
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 676
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895117369
Coleção: Mundo Fantástico
Viva amiga Caminhante,
ResponderEliminarDesde ja saudar o regresso de mensagens aqui no blog, confesso que já tinha saudades, mas é sabido que quando os Caminhantes lhes dão para passear de mochila às costas, tão depressa não regressam a terra ehehe
Por acaso gostei mesmo muito do livro, penso que o ser algo descritivo é importante pois estamos na presença de um universo amplo e algo complexo, alias as proprias personagens são complexas e por vezes há pormenores que nos escapam à primeira leitura, só lá fui com a ajuda do Nuno...mas penso que ajuda a que se compreenda bem melhor o que está em jogo e há muitas pontas que nos deixam imaginar o que ai vem, pelo menos estou bem curioso ;)
Acredito que leitores beta possam ajudar e muito o Nuno, nesse tipo de pormenor não sou grande ajuda, mas acredito que possa ainda ser melhorado, o Nuno é jovem e este foi o seu primeiro livro, ainda tem muito por evoluir :D
Venha esse proximo livro e conhecer melhor a persongem que tem uma personalidade de "Garras Gelidas" ;)
Excelente comentário, muito assertivo :)
Bjs e boas leituras
Olá Fiacha
Eliminara ver se agora consigo colocar tudo o que tenho em atraso :)
eu também gostei bastante do livro, e claro que o Nuno vai evoluir bastante, vais ver que ele próprio vai reflectir todos os comentários que tem tido já nos próximos volumes.
Quanto às descrições, eu nada tenho contra elas, bem sabes que leio muita coisa descritiva e que gosto bastante. É importante para entender todo o universo e o mundo de Zallar.
o que eu não gostei tanto, é uma opinião muito pessoal, muito ao meu gosto, tem mais a ver com a descrição que ele faz das personagens, pormenores das roupas e das casas, entendes-me?
Sem dúvida que é um passo importantíssimo esta Espada que sangra para o Nuno :D e aguardamos o Garras Gélidas, ele deixou-nos completamente pendurados :D
obrigada ^_^
Bjs e boas leituras
Sim entendo, não foi isso que me ficou mais marcado na mente, mas acredito são os tais pormenores que aos leitores mais exigentes reparam ;)
EliminarUma das coisas que mais gostei foi mesmo das personagens, quanto a mim muito bem desenvolvidas e que a maior parte delas ainda com muito para dar :D
Acho que já leste algo do "Garras Gélidas" certo ? Eu já li e fiquei ainda com mais vontade de o ver publicado ;)
eh eh isso não é para ser dito aqui :D
Eliminaras personagens são excelentes sem dúvida e confesso que tenho curiosidade em saber muito mais sobre os El’ak :)
Olá São!
ResponderEliminarBem é com muito gosto que leio estas linhas.
Ainda bem que gostaste.
Tens razão quando dizes que vou querer melhorar nos próximos volumes, vou querer melhorar sempre, e fico feliz em ver o vosso entusiasmo e curiosidade em conhecer a continuação desta enorme aventura :)
Olá Nuno
EliminarÉ claro que gostei, tem tudo para que se goste :)
Agora é divulgar para que cada vez mais tenhas mais leitores.
Todos temos sempre algo a aprender e a melhorar e esse deve mesmo ser o grande objectivo, aprender e melhorar sempre, estás no bom caminho :D
Estamos todos ansiosos por saber qual a reacção da Lazard Ezzila e quem vai governar em Welçantiah ....
Ainda bem :D
EliminarFico muito contente.
Olá Caminhante,
ResponderEliminargostei muito da tua opinião. Referes o vocabulário do Nuno como muito rico, e tu também escreveste este texto com uma combinação de palavras muito boa. Gostei muito!
Tenho o livro para ler, mas ainda não comecei. Estou à espera de gostar, uma vez que todas as opiniões que tenho lido são lhe favoráveis. E tem tudo para que eu goste. Vamos lá ver se será uma das próximas leituras =)
Beijinhos e boas leituras
Olá Maria
Eliminarobrigada :)
Tens de o ler, estou convicta de que irás gostar e tenho muita curiosidade em saber a tua opinião, mas os livros também chamam por nós e há que lê-los quando eles nos "piscam o olho".
beijinhos e boas leituras também para ti
agora estou a ler dois livros um pouco diferentes mas estou a adorar :D
Olá :D
ResponderEliminarGostei muito da tua opinião.
Entendo perfeitamente o que dizes sobre a falta de revisão, realmente é uma pena. Não me afastou da leitura mas tropecei algumas vezes e cheguei a parar para falar com o Nuno sobre esses pequenos erros. Aguardo com muito entusiasmo o "Garras gélidas"
beijinho
Olá Cátia :D
Eliminarobrigada pela tua visita e pelas tuas palavras.
O "Garras Gélidas" virá certamente satisfazer muitas leituras e proporcionar bons momentos e o Nuno conta com muitos de nós a apoiá-lo e todos esses pequenos problemas serão resolvidos.
Só é pena que o primeiro volume é sempre a porta de entrada para Zallar. Um dia que ele tenha de fazer uma nova edição (temos de esgotar estes :P) deverá revê-la.
beijinhos