David Machado – Acho que posso ajudar
Sinopse:"Acho que posso ajudar" é a história de uma menina que acredita estar ao seu alcance resolver os problema de qualquer pessoa, monstro ou bruxa no mundo. Mas ela não sabe que cada gesto seu pode provocar uma cadeia de acontecimentos que deixará tudo pior do que estava.
Conto infantil, bastante engraçado, que nos conta a história de uma menina de oito anos que resolve ajudar a sua avó. No entanto a resolução do problema desencadeia outro que faz com que uma série de acontecimentos surjam. A menina querendo ajudar acaba por fazer com que os seus problemas deixem de existir, mas criando outros que alteram o rumo normal da vida no local onde mora.
A escrita é muito fluida e agradável. Gostei muito
A escrita é muito fluida e agradável. Gostei muito
Nota: 4/5
Rui Zink – Um romance
Sinopse: Anos 80. O narrador improvável. Um restaurante ao lado de uma sala de cinema. Ele, Artur. Ela, Carolina. Cannelloni e lasagna. Romance anunciado? Já agora, também a vida.
Um conto, cuja história é perfeitamente banal, sem nada a acrescentar
de novo ou de entusiasmante. Uma
história de amor que começa mal e termina igualmente mal, pois os preconceitos
gritam mais alto. No entanto gostei da
escrita, da forma como o escritor se dirige ao leitor, de uma forma directa,
contando, como quem fala com um amigo, o desfecho de uma história de amor, num
jantar romântico, a que ele assistiu num restaurante enquanto aguardava a chegada do Aristides.
Nota: 3,5/5
Dulce Maria Cardoso – Coisas que acarinho e me morrem entre
os dedos
Sinopse: Uma mulher tem um encontro marcado com um desconhecido. O desconhecido tem sempre tanto de sedutor quanto de ameaçador. Que fazer? A mulher demora-se, frente ao computador. Atrasa-se. Talvez se afunde nos abismos que um psicólogo garantiu existirem no seu interior. Talvez se perca no outro lado do mundo, em Bangladesh, onde nunca faz frio. Ou talvez, ainda, se entregue nos braços de Machina ex Deus.
Uma história que nos fala sobre o conhecimento do Outro, sobre o que perdemos ao longo da vida: pessoas, bens, países, entre outras
coisas. Uma escrita confusa, com demasiados recursos a informação da net, num
texto desta dimensão, e que em nada contribui para a sua melhoria. Não gostei.
Nota: 1/5
Gonçalo M. Tavares – A moeda
Sinopse: Kartopeck, homem rude, avesso à cidade, vê o seu rosto desfigurado por manchas enigmáticas que lhe causam um enorme desconforto. Pensa que vai morrer. A prostituta que lhe vende os serviços conta-lhe as moedas, mas também as manchas. E ri-se.
Um homem cujo rosto se vai desfigurando, para além do admissível socialmente, acreditando que lhe resta pouco tempo de vida, vê-se confrontado com a noticia de que se encontra de perfeita saúde, sendo o seu problema apenas um factor externo ao organismo. Pouco habituado aos costumes da cidade, encontra-se desenquadrado e irritado consigo próprio por não conseguir integrar-se neste meio.
A escrita é fluida e bem delineada, mas a história não apresenta nada de novo, um pouco sem interesse.
Nota: 2/5
João Tordo – A cidade liquida
Sinopse : O conto Cidade Líquida recupera as personagens de um outro conto do autor, Águas Passadas, que decorre em Veneza. Agora em Lisboa, as mesmas personagens - o narrador e Roque dos Santos, um realizador de cinema - tornam a encontrar-se.
Um conto estranho que fala de um relacionamento que termina, de um realizador e do seu filme e dos sentimentos que assolam um professor de filosofia. Essencialmente, fala-nos de enganos e de aparências. Nem tudo o que parece existe na realidade, as pessoas não são aquilo que aparentam ser e no fundo tudo funciona como numa tela de cinema, a multidão não significa nada e no final o sentimento de solidão persiste. Esta é a mensagem que tirei deste conto, não sei se corresponde ao que o autor quis transmitir. No entanto, há várias incoerências no conto, nomeadamente água furtadas com vizinhos por cima.
Gostei bastante da escrita, muito embora a história seja uma mistura de situações que já referi e que não cativa. A nota atribuída é exclusivamente pela escrita.
Nota : 3/5
Olá Caminhante,
ResponderEliminarGostei da forma como comentastes cada conto e acaba por ser de extrema utilidade, pois assim acabamos por ficar a saber aqueles que valem mesmo a pena ler.
Já tinha ficado curioso com alguns contos da primeira fase e agora é o conto do David Machado que me ficou retido, mas não só.
Continua é uma ajuda fundamental para que eu leia alguns contos :D
Bjs e boas leituras :)
Olá Fiacha, obrigado pela visita, é sempre um gosto ver os teus comentários
ResponderEliminarO conto do David Machado é um conto infantil, mas gostei e lê-se muito bem.
De facto como já foi referido noutros espaço que conheces muito bem, é incrível ver escritores supostamente muito bem colocados, escreverem textos como alguns que aparecem por aqui.
Mas nada como conhecer para poder comentar, pelo menos é assim que penso :)
Vou lendo mais uns, enquanto almoço, no serviço :)
Bjs e boas leituras
Ois caminhante,
ResponderEliminarPois, por acaso está a tornar-se um debate bem interessante, como é possível os escritores serem convidados a escrever para esta iniciativa, são pagos e apresentam trabalhos tão fracos, acho que acaba por ficarem bem mal, afinal alguns dos nomes são bem conhecidos, é triste realmente.
A conhecer é como já te referi, só aqueles que valem a pena e desd já te agradeço o envio dos contos :D
Bjs