quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Deuses americanos de Neil Gaiman



SINOPSE

Sombra, acabado de sair da prisão, aceita trabalhar para um estranho, o Sr. Quarta-Feira, que não é nada mais nada menos que a encarnação de um deus antigo. Por estarem a ser ultrapassados por ídolos modernos, os deuses antigos encontram-se em vias de extinção, e Sombra e Quarta-Feira têm de reunir o maior número de divindades para se prepararem para o conflito iminente que paira no horizonte. Mas esperam-nos inúmeras surpresas… Bestseller distinguido com diversos prémios, Deuses Americanos é uma aventura onde o mágico e o mundano, o mito e o real, caminham lado a lado, levando-nos numa viagem repleta de humor ao extraordinário potencial da imaginação humana.







Opinião 

Há muito tempo que andava para ler este livro por diversas razões, porque o seu título me despertou a curiosidade, porque já tinha ouvido falar bastante do mesmo e sobretudo porque gosto imenso dos livros de Neil Gaiman. 

Os Estados Unidos da América é um país onde coabitam povos de diversas origens, ou seja, cujos antepassados partiram dos diferentes continentes à procura do novo mundo e de uma vida melhor. Os escravos, emigrantes e todos aqueles que desembarcaram neste vasto território, todos eles levaram na sua bagagem as suas tradições, costumes e os seus deuses...

Paralelamente os próprios habitantes, as várias tribos de índios, tinham a sua cultura e as suas divindades muito próprias.

Assim, por detrás das várias personagens que povoam este livro podemos encontrar relações com a mitologia nórdica, africana, egípcia, hindu e muitas outras. Os seus “velhos deuses” que se encontram adormecidos e espalhados pelas cidades americanas, arrumados nos fundos dos velhos baús,  vão ser chamados a travar uma batalha com aqueles que são os novos deuses deste país “super evoluído”. 

Mais do que um confronto entre deuses, Neil Gaiman, para mim, quis colocar em confronto a necessidade do ser humano em encontrar a sua razão de viver na busca de entidades “divinas” ou sobrenaturais, ou em questões materialistas e em evoluções tecnológicas. 

O escritor apresenta-nos uma “road-trip” pelo mundo estadunidense, onde pretende circunstanciar o desenvolvimento da sua história na chamada sociedade de informação, da evolução e do apogeu tecnológico, mas que ao mesmo tempo se caracteriza pela efemeridade e pela descrença total.

O leitor por sua vez vai fazendo a sua própria viagem, página a página, pela mão de Shadow e o seu patrão, Sr. Wednesday, assim como a deusa Easter, e muitos outros. E penso que é precisamente esta viagem que Gaiman quer que façamos, que procuremos em nós próprios “o que nos move” e para onde queremos ir. 

Uma leitura interessante, não deixa de ser um livro curioso, no entanto confesso que do que li até hoje, este não é, para mim, o melhor livro de Neil Gaiman.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

De regresso ....



Há já alguns anos que criei este blogue. O objectivo era divulgar as folhas do mundo que são importantes para mim, partilhando-as convosco: folhas de livros, folhas de árvores e tantas outras "folhas" que encontramos no nosso dia a dia.   

No entanto, por várias razões pessoais tenho estado um pouco afastada  do "ciber espaço" e não tenho publicado nada.

Peço desculpa por esta ausência, a todos aqueles que me seguiam e que me deixaram algumas palavras simpáticas a comentar e a tornar este espaço numa verdadeira partilha.  

Agora volto, com mais vontade de vos deixar as minhas opiniões, as minhas histórias e mais algumas coisas que penso serem boas para divulgar e partilhar. 

Sintam-se em casa novamente para os que me revisitam e sejam bem-vindos os que aqui surgem  pela primeira vez e que esta seja a primeira de muitas outras visitas.

Até já ....




imagem de: "L' herbier des Fées" de Benjamin Lacombe e Sebastien Perez (2011)