terça-feira, 30 de maio de 2017

Contos de Cães e Maus Lobos de Valter Hugo Mãe



Sinopse


A escrita encantatória de Valter Hugo Mãe chega ao conto como uma delicadíssima forma de inclusão. Estes contos são para todas as idades e são feitos de uma esperança profunda. Entre a confiança e o receio, cães e lobos são apenas um símbolo para a ansiedade perante a vida e a fundamental aprendizagem de valores e da capacidade de amar. Entre a confiança e o receio estabelecemos as entregas e a prudência de que precisamos para construir a felicidade. Com a participação plástica de: Ana Aragão | Cadão Volpato | Daniela Nunes | David de la Mano | Duarte Vitória | Filipe Rodrigues | Graça Morais | JAS | Joana Vasconcelos com Alice Vasconcelos | José Rodrigues | Luís Silveirinha | Nino Cais | Paulo Damião







«Há nesta antologia de contos o convite ao regresso a um canto de que nunca saímos, um reencantamento da infância, uma cumplicidade de quem partilha vazios e silêncios». 
Mia Couto (Prefácio) 


Este foi o primeiro livro de Valter Hugo Mãe que li. Confesso que há muito tempo que andava com curiosidade em ler alguma obra dele, mas as opiniões que ouvi eram diversas e fiquei sempre na dúvida por onde e quando começar. Uma boa amiga resolveu-me o problema, oferecendo este belo livro de contos. 

É claro que de imediato peguei nele, e foi saboreando lentamente as onze pequenas histórias que ele nos oferece. Digo saboreando, porque é mesmo assim, não é um livro que se leia de seguida, mas sim conto a conto, onde vamos degustando, com todos os sentidos possíveis as suas palavras, as suas histórias, o seu mundo… 

Com uma escrita extremamente simples, “Contos de cães e maus lobos” transportam-nos para um imaginário onde os sonhos se cruzam e os corações batem mais fortes. Há como que um “doce viver”, uma singeleza, em cada um destes contos.


«Todos os livros são infinitos. Começam no texto e estendem-se pela imaginação. Por isso é que os textos são mais do que gigantescos, são absurdos de um tamanho que nem dá para calcular. Mesmo os contos, de pequenos não têm nada. Se os soubermos entender, crescemos também, até nos tornarmos monumentais pessoas. Edifícios humanos de profundo esplendor».
Conto "A biblioteca"